Em uma análise focada em longevidade e previsibilidade, Luiza Barci revela as três empresas que ela considera ideais para uma aposentadoria tranquila. Ela defende que Banco do Brasil, BB Seguridade e Taesa oferecem um histórico de qualidade e resiliência em seus setores, representando as forças que investidores de longo prazo devem buscar para construir uma…
Banco do Brasil: Uma Surpresa com Retorno Histórico
Para Luiza Barci, o Banco do Brasil (BBAS3) é um dos pilares de um portfólio de aposentadoria. Embora muitos possam hesitar por se tratar de uma empresa de capital misto, a especialista aponta que o banco surpreendeu o mercado ao manter consistentemente um Retorno sobre o Patrimônio (ROE) acima de 20%, competindo lado a lado com seus principais concorrentes privados.
Essa performance demonstra que, apesar da preocupação com possíveis interferências governamentais, a empresa tem conseguido uma gestão eficiente e lucrativa. O caso do Banco do Brasil serve como um lembrete de que o mercado muitas vezes reage a ruídos políticos, mas a qualidade e a capacidade de uma empresa de gerar lucro podem superar essas incertezas no longo prazo.

BB Seguridade: O Escudo do Investidor na Agricultura e Regulação
A segunda escolha de Luiza Barci para um portfólio de aposentadoria é a
BB Seguridade (BBSE3). A empresa tem um componente de longevidade muito forte , principalmente por ter uma exposição direta à agricultura. A BB Seguridade é líder em seguro rural, um setor que é o coração do PIB brasileiro , oferecendo uma forma de investir na base da economia sem a volatilidade direta das commodities.
Além disso, o setor de seguros é altamente regulamentado. Segundo Luiza Barci, isso funciona como um pêndulo: quando a taxa de juros está alta, essas empresas atuam como grandes tesoureiras, gerando ganhos significativos em renda financeira. Quando o PIB está em crescimento e a atividade econômica é favorável, a receita de prêmios de seguro aumenta. A combinação desses fatores garante um fluxo de receita estável, independentemente do cenário econômico.

Taesa: A Previsibilidade de um Setor de Contratos
A terceira e última escolha de Luiza Barci para uma aposentadoria com renda passiva é a
Taesa (TAEE11). O principal argumento a favor da empresa é a previsibilidade e a segurança de sua receita. A Taesa atua no setor de transmissão de energia, que é baseado em contratos de concessão de longuíssimo prazo.
Esses contratos são ajustados por índices de inflação, como IPCA e IGPM. Isso garante que a receita da empresa não perca o poder de compra ao longo do tempo. O setor de energia elétrica é altamente regulado e possui altas barreiras de entrada, o que impede a concorrência e garante uma segurança regulatória. Essa previsibilidade é essencial para o investidor de longo prazo, que pode monitorar seus investimentos com mais conforto, sabendo que as receitas da empresa não são impactadas por flutuações de curto prazo.

Outras Empresas Mencionadas
O artigo também menciona rapidamente outras duas empresas: Klabin e Suzano.
- Klabin (KLBN11): Mencionada como uma empresa de crescimento que também paga bons dividendos. Luiza a considera um “pacote de oportunidade”, elogiando sua história de mais de 100 anos, sustentabilidade e a recente aquisição do projeto Caetê, que aumenta a autossuficiência de árvores.
- Suzano (SUZB3): Mencionada como um “pacote” que pode se beneficiar das eleições americanas. A demanda do mercado americano é um fator importante para a empresa, e uma possível vitória de Donald Trump pode impulsionar o setor.
Este artigo foi criado com o base na entrevista de Luiza Barci.
